De acordo com as investigações, uma organização criminosa estaria atuando na falsificação e fraude de registros de veículos apreendidos para a relização de leilões em pátios credenciados do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran).
A operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Governador Valadares, que conta com integrantes do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 2ª Vara de Guanhães para cumprimento no próprio município e nos outros denunciados, como Governador Valadares e Ipatinga.
Segundo o MP, os criminosos retiravam peças dos veículos apreendidos para vender ou para diminuir o valor comercial do item nos leilões para que após o arremate de alguém do grupo, as peças fossem recolocadas.
As investigações apuraram que veículos apreendidos em procedimentos criminais era colocados em leilões sem a devida autorização do juízo criminal competente, impossibilitando a reparação do dano à vítima ou até mesmo a restituição do bem ao legítimo proprietário.
A organização criminosa ainda encomendava e receptava veículos furtados ou roubados para que as peças fossem retiradas para revenda ou para a utilização em veículos envolvidos em acidentes.
Por causa do reaproveitamento das peças e veículos apreendidos, a operação recebeu foi denominada pelo Gaeco como "Lavoisier", em alusão ao químico Antonie Lavoisier, conhecido pela expressão: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.