terça-feira, 22 de novembro de 2022

Grupo pró-Bolsonaro deixa QG do Exército e se manifesta dentro do Senado

 Um grupo de cerca de 20 manifestantes insatisfeitos com o resultado da eleição presidencial deixou o Quartel-General do Exército, em Brasília (DF), e fez uma manifestação dentro do Senado Federal na tarde desta terça-feira (22). A distância entre os dois locais é de cerca de oito quilômetros. No ato dentro do Congresso Nacional, os manifestantes se ajoelharam em círculo e entoaram frases como "vou morrer pelo Brasil ou viver na pátria livre".

De acordo com uma manifestante identificada como Márcia, o grupo teve a entrada liberada pelo senador Zequinha Marinho (PL-PA), que os recebeu dentro de uma sala das comissões do Senado. A manifestante disse que houve uma conversa, ainda, com o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com os gabinetes dos senadores citados para confirmar a liberação de entrada ou o encontro com os manifestantes.

A equipe de Zequinha Marinho se prounciou por meio da seguinte nota: "O senador Zequinha Marinho foi procurado por um grupo de cidadãos brasileiros que tem se manifestado contra o resultado do 2º turno das eleições de 2022. Entendendo que faz parte da democracia o respeito a opiniões adversas, o senador reuniu nesta terça-feira, 22, no Senado Federal, com o grupo e manifestou sua solidariedade. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, determina que “é livre a manifestação do pensamento” e que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização”.

O gabinete de Eduardo Girão informou que não liberou nenhum manifestante para entrar no Senado. Ainda sem contato com o senador, a assessoria de imprensa informou que o encontro com Girão pode ter sido casual, já que ele participava de debates em uma comissão. A segurança do Senado Federal ainda não se manifestou sobre a entrada do grupo.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que vai averiguar o ocorrido. "Eu vou evitar um pré-julgamento em relação a isso, vou pedir para obter informações em relação a respeito desse aqcontecimento para tomar as melhores decisões possíveis. Obviamente que a segurança deve ser garantida. As manifestações também podem ser garantidas desde que sejam legítimas e constitucionais. Manifestações que pregam o rompimento democrático ou o restabelecimento de um estado de exceção ou a não posse de um presidente legitimamente eleito são manifestações naturalmente ilegítimas e que devem ser coibidas", disse.

Manifestantes inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último 30 de outubro acampam em diversas cidades. Em Brasília, a concentração ocorre em frente ao QG do Exército para reforçar pedidos por uma "intervenção federal" por meio das Forças Armadas.  (com informações do Jornal O Tempo)

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