De acordo com uma manifestante identificada como Márcia, o
grupo teve a entrada liberada pelo senador Zequinha Marinho (PL-PA), que os
recebeu dentro de uma sala das comissões do Senado. A manifestante disse que
houve uma conversa, ainda, com o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
A reportagem de O TEMPO entrou em contato com os gabinetes
dos senadores citados para confirmar a liberação de entrada ou o encontro com
os manifestantes.
A equipe de Zequinha Marinho se prounciou por meio da
seguinte nota: "O senador Zequinha Marinho foi procurado por um grupo de
cidadãos brasileiros que tem se manifestado contra o resultado do 2º turno das
eleições de 2022. Entendendo que faz parte da democracia o respeito a opiniões
adversas, o senador reuniu nesta terça-feira, 22, no Senado Federal, com o
grupo e manifestou sua solidariedade. A Constituição Federal, em seu artigo 5º,
determina que “é livre a manifestação do pensamento” e que “todos podem
reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização”.
O gabinete de Eduardo Girão informou que não liberou nenhum
manifestante para entrar no Senado. Ainda sem contato com o senador, a
assessoria de imprensa informou que o encontro com Girão pode ter sido casual,
já que ele participava de debates em uma comissão. A segurança do Senado
Federal ainda não se manifestou sobre a entrada do grupo.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou
que vai averiguar o ocorrido. "Eu vou evitar um pré-julgamento em relação
a isso, vou pedir para obter informações em relação a respeito desse
aqcontecimento para tomar as melhores decisões possíveis. Obviamente que a
segurança deve ser garantida. As manifestações também podem ser garantidas
desde que sejam legítimas e constitucionais. Manifestações que pregam o
rompimento democrático ou o restabelecimento de um estado de exceção ou a não
posse de um presidente legitimamente eleito são manifestações naturalmente
ilegítimas e que devem ser coibidas", disse.
Manifestantes inconformados com a derrota do presidente Jair
Bolsonaro (PL) e a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último 30 de
outubro acampam em diversas cidades. Em Brasília, a concentração ocorre em
frente ao QG do Exército para reforçar pedidos por uma "intervenção
federal" por meio das Forças Armadas.
(com informações do Jornal O Tempo)