terça-feira, 1 de novembro de 2022

Governo de SP diz que PM vai atuar no desbloqueio de vias estaduais e federais e não descarta uso da força

Foto: Rodovia Castello Branco bloqueada na altura de Osasco, na manhã desta terça-feira (1º) — Foto: Reprodução/TV Globo

Rodrigo Garcia afirmou que manifestantes que não liberarem as vias poderão ser presos, além da aplicação da multa de R$ 100 mil por hora. Governador defendeu que eleições acabaram e que 'nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia do Brasil retroceda'.

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse nesta terça-feira (1°) que a Polícia Militar irá atuar no desbloqueio das vias estaduais e federais e não descartou o uso da força caso os manifestantes não desocupem os espaços.

"A partir de agora, nós vamos aplicar aquilo que determina a decisão judicial, iniciando com multas de R$ 100 mil por hora para cada veículo que esteja contribuindo com essa obstrução, a partir também daí fichando e eventualmente prendendo àqueles manifestantes que resistirem à desobstrução das vias e, se necessário, o emprego de força."

Garcia afirmou que a PM "não está de braços cruzados", e disse que os policiais estão agindo "dentro do protocolo".

"Existe o início de negociação, se a negociação não chegar a um bom termo, nós vamos começar a empregar o uso da força. Agora, não se começa pelo fim."

Durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o Garcia disse que a gestão tentou dialogar com os manifestantes desde segunda-feira. Sem acordo, a partir desta terça, passa a valer a decisão do STF.

"Nós procuramos dialogar e negociar com esses manifestantes para que as vias públicas fossem desobstruídas desde ontem e hoje, pela manhã, em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), as negociações se encerram."

Garcia também defendeu a democracia e o respeito ao resultado das urnas. Os manifestantes são contra o resultado das urnas na votação de domingo (30) para a Presidência da República.

Investigação MP

Nesta segunda (31), o Ministério Público de SP constituiu um núcleo de atuação Integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios.

 

Segundo Sarrubo, na visão do Ministério Público, trata-se de uma organização criminosa que está atentando contra o estado democrático de direito no Brasil.

 

"Trata-se de uma manifestação de desrespeito ao resultado das urnas, de desrespeito à vontade do povo brasileiro, de maneira que o Ministério Publico não se curvará a quem quer que seja e defenderemos a democracia e trabalharemos pela paz da população do estado de são Paulo e do Brasil de forma absolutamente intransigente."

Na manhã desta terça (1°), havia protestos na Castello Branco, na altura de Osasco, e no Rodoanel. A Regis Bittencourt permanece parcialmente interditada no km 280 a pista Norte.

Aeroporto

Na Hélio Smidt, o protesto, que começou na noite de segunda (31) e terminou por volta das 10h desta terça, afetou a operação no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Segundo a GRU Airport, 13 voos foram cancelados nesta terça-feira e cinco sofreram atrasados. Na segunda (31), 12 voos tinham sido cancelados.

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