quarta-feira, 20 de julho de 2022

PL barra candidatura da deputada Rosângela Reis

Rosângela Reis queria tentar novo mandato na Assembleia Legislativa, mas deputados que chegaram antes dela ao partido de Bolsonaro vetaram a ideia

A deputada estadual Rosângela Reis, do PL, que acusou o próprio partido de fraude e violência política, não teve o nome incluído na lista de liberais que devem tentar assento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A sigla fez sua convenção nesta quarta-feira (20/7) e decidiu que a parlamentar não poderá buscar renovar o mandato.

Ontem, a deputada chegou a acionar a Polícia Militar (PM) a fim de acusar representantes do PL de burlar a lei que obriga todos os partidos a apresentar chapas que tenham mulheres em pelo menos 30% das vagas. Hoje, os liberais com direito a voto tiveram de escolher entre duas relações de pré-candidatos - uma com Rosângela, outra sem ela. A parlamentar acabou derrotada por 35 a 6.

O debate sobre o futuro político de Rosângela levou tensão ao plenário da ALMG, local que sediou a convenção do PL. Antes do encontro, deputados já haviam sinalizado que não aceitariam a presença dela na chapa estadual porque a deputada se filiou depois do ingresso de políticos que entraram para o partido a reboque do presidente Jair Bolsonaro (PL). Havia o temor de que a candidatura dela à reeleição impedisse o sucesso de parte dos que já estavam na sigla.

Um dos argumentos utilizados para barrar Rosângela foi o fato de ela ter se filiado ao PL junto à direção municipal da agremiação em Ipatinga, no Vale do Aço, onde está o foco de sua atuação legislativa. Paralelamente, outros recém-chegados ingressaram na legenda a partir da cúpula estadual, baseada em BH.


Depois da votação que selou sua derrota, a deputada contestou a tese. "Desde o início buscamos o diálogo. Me filiei junto à Executiva municipal (de Ipatinga), mas não há nada de ilegal nisso. O artigo 4° do estatuto (do PL) defende que as filiações devem ser feitas junto às executivas municipais".

70 mil votos

Em seu quarto mandato na Assembleia, Rosângela teve pouco mais de 70 mil votos em 2018. Para tentar convencer os correligionários e contornar o revés, ela chegou a afirmar que, mantido o desempenho do último pleito, sua reeleição poderia proporcionar a vitória de ao menos dois outros postulantes a deputado estadual.

"Ainda não há decisão de judicialização dessa questão. Estamos, primeiro, esgotando todas as instâncias para, depois, buscar outros caminhos", explicou, ao tratar dos rumos que pretende tomar   

(Com informações do portal UAI)

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