segunda-feira, 25 de julho de 2022

Perícia médica pode soltar Adélio, que deu facada em Bolsonaro.

A perícia médica que pode até mesmo determinar a soltura de Adélio Bispo de Oliveira, homem que esfaqueou o presidente Jair Bolsonaro em 6 de setembro de 2018, será realizada nesta segunda-feira. O procedimento é necessário para apontar se ele ainda possui o transtorno mental diagnosticado na época do crime. Se o procedimento concluir que ele ainda oferece riscos à sociedade, ele continuará internado em uma ala psiquiátrica no presídio federal de Campo Grande (MS). Se for considerado que o transtorno do primeiro laudo não existe mais ele pode ganhar a liberdade, já que não foi condenado pelo crime.

No dia 14 de junho venceu o prazo máximo de três anos da internação sem que uma nova consulta fosse realizada. A internação foi aplicada em junho de 2019, após Adélio Bispo ser considerado inimputável em razão de problemas mentais. Isso impediu uma condenação pela facada em Bolsonaro. Como nem o presidente nem o Ministério Público recorreram da decisão, o processo transitou em julgado. Com isso, não há chance de que seja retomado para uma eventual condenação.

A perícia em Adélio Bispo será feita em Campo Grande por profissionais de João pessoa e do Rio de Janeiro e será custeada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do governo federal.

A perícia foi realizada hoje, e os profissionais tiveram à disposição 10 horas para a realização do procedimento.

Os peritos que examinaram Adélio Bispo, autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), têm um prazo de 30 dias, a partir desta segunda-feira (25/7), para a conclusão dos trabalhos.

A Defensoria Pública da União (DPU) informou, por meio de nota, que a defesa de Adélio Bispo indicou uma psiquiatra como assistente técnica para acompanhar os exames.

Os peritos vão julgar se Adélio ainda é perigoso e oferece risco a Bolsonaro e à sociedade.

A avaliação foi realizada por peritos da Justiça Federal no Presídio de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e deve determinar sobre a cessação ou permanência da periculosidade, o que pode resultar na liberdade de Adélio.

Os profissionais vão responder quesitos apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela DPU, entre eles, se o quadro de saúde mental apresentado pelo paciente no exame pericial citado na sentença persiste.

Após os laudos serem juntados aos autos, há um prazo de cinco dias para a manifestação do Ministério Público Federal. Posteriormente, a Defensoria Pública da União terá o mesmo prazo.

A facada

Bolsonaro foi esfaqueado no dia 6 de setembro de 2018, enquanto fazia campanha na rua Halfeld, localizada na cidade mineira de Juiz de Fora. Ele precisou ser levado às pressas para a Santa Casa de Misericórdia de JF para passar por cirurgias. Nos anos seguintes, ele continuou fazendo operações para se recuperar e tem enfrentado, até hoje, problemas de saúde em razão do atentado.

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