domingo, 15 de janeiro de 2023

Rombo da Americanas chega a R$ 40 bilhões

Depois de admitir uma inconsistência contábil de R$ 20 bilhões em seu balanço, a Americanas S.A. pediu uma tutela cautelar, ou seja, uma proteção à Justiça para evitar a antecipação de vencimento de dívidas que, segundo a companhia, somam R$ 40 bilhões. O número corresponde à soma dos R$ 20 bilhões expostos pelo agora ex-presidente da Americanas Sergio Rial e da dívida bruta da companhia, que em setembro de 2022, último dado disponível, era de quase R$ 20 bilhões.

O último balanço da empresa, antes da exposição do erro contábil de R$ 20 bilhões, mostra que a Americanas fez um trabalho para alongar os prazos de suas dívidas entre 2021 e 2022. O maior deles foi nos empréstimos e financiamentos junto a bancos.
Em setembro de 2021, a Americanas tinha R$ 3,4 bilhões em empréstimos com vencimentos de até 12 meses. Um ano depois, esse valor baixou para pouco menos de R$ 900 milhões. Por outro lado, os empréstimos e financiamentos de longo prazo quase dobraram, saindo de quase R$ 8 bilhões para R$ 15,5 bilhões. Esses contratos têm vencimentos superiores a 12 meses.

O valor total desses financiamentos, somando todos os vencimentos, correspondem a quase 87% do valor total da dívida bruta da Americanas ao final do terceiro trimestre, de R$ 19,3 bilhões. Essa dívida cresceu mais de 50% em 12 meses, já que em setembro de 2021 estava em R$ 12,8 bilhões.

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